Entre taças, tragos e versos
O ato implícito...
Se é tarde pra voltar, me afogo em vinho.
Esquentando o sangue frio,
Ainda estou sozinho.
E agora notei tudo o que tinha perdido!
Pelo meu narcisismo,
Estou só, com meu alcoolismo.
E se dói, de novo....
Me encontro no vício,
O pior é que são ossos do meu oficío.
E é só disso que preciso.
Quero uma guilhotina,
Minha fiel companheira, nicotina...
E as tragadas viram rotina.
Pra me esconder, proteger,
De fumaça, cria - se a cortina!
Tristeza, solidão e a raiva
São afogadas em minha própria desgraça,
Desaparecem como fumaça,
Um ciclo que nunca acaba.
Dois goles, e ja acaba mais uma taça...
Não aguento, então
Eu vivo em meio à essa farça.
Onde minutos e horas, já estão sem graça!
Tudo o que amei...
Só decepção,
Ouro que deixei escapar pelas mãos.
Matei o passado,
Onde eu era fraco
Me afundando em vícios baratos.
Pra aquecer o que deixei frio aqui,
E talvez lembrar, que ainda não morri!
Entre taças, tragos e versos,
Sei que sou incapaz de voltar no tempo.
Provo do meu proprio veneno,
Me matando nos pensamentos,
E aos poucos, morrendo...
Perdido e destruído como penas ao soar dos ventos.