A voz que ecoava na trombeta
A voz que sai
da senhora trombeta
ecoa desesperadamente
a procura duma morada.
É como as manhãs celestes
repletas de fileiras de andorinhas
pretas no nobre céu de Madagascar.
Sensação de plenitude
que outrora instigava-me
de orgasmos contínuos.
E que na calada da
noite um alvo anjo com
sua melódica arpa tocava-me
canções de ninar pra acalentar
o silêncio que reinava em meu peito.
Um forte cheiro de rosas
brancas adentrava sobre
minha melecada narina
pós choro de paisagem.
Paisagem esta, que nem
o pobre poeta sabia
explicar aos pequenos
escritores, que os questionavam
sobre suas batalhas e obras
empoeiradas que não mais
eram lidas com o passar do tempo.
É como se fosse o findar
dum círculo de vida.
Que após oitenta anos
ninguém mencionará mais
teu carrancudo jeito louco
de desfrutar a vida.