DE REPENTE ANOITECEU
Anoiteceu e o céu escureceu,
Por não haver lua e estrelas,
Apenas a humidade da noite,
O cacimbo a cair lentamente,
E eu desperto na minha cama,
Escrevendo poesia e crónicas,
Tais eram as minhas insónias.
De repente anoiteceu e o breu
Invadiu o céu e a terra, só luz
Cintilava nos olhos das musas
Que andavam por tantas ruas,
Em busca de almas errantes,
Perdidas em cenas indecentes
De corpos unidos, crus e nus.
Quando a noite apareceu, só eu
Assisti ao escurecer, todo o ser
Não se apercebeu do entardecer,
Andava entretido com sua vida
Divertida de adultério e prazer,
Assim vivia-se quadro de amor,
Sem vergonha e nenhum temor.
Ruy Serrano - 30.06.2017