O Fim da Odisseia
Vedava ali o maciço tronco
O vulto qual trancafia os sonhos.
Era ali ele, alguma coisa
Era lá tudo.
Cada passo, o pensamento
E de cada sumo o desentendimento.
Formava ali o que achava ser ilusório
Dois paralelos rebeldes,
Uma reta única,
Sempre ao lado da outra.
Cada degrau, a saudade
E de cada suspiro a distância.
Eram dois estranhos,
Duas loucuras admiráveis.
Era o fechar que da felicidade levava a dor
Mas sem essa dor, não sabia viver.
Cada olhar, a solidão
E de cada esperança o adeus.
Havia o silencio singular
Que faria inveja até o Poetinha.
Era o amor brincando como criança,
Não entendia o fim, ali era sua Ítaca.
E do caminhar, seguiu assim.