O Fim da Odisseia

Vedava ali o maciço tronco

O vulto qual trancafia os sonhos.

Era ali ele, alguma coisa

Era lá tudo.

Cada passo, o pensamento

E de cada sumo o desentendimento.

Formava ali o que achava ser ilusório

Dois paralelos rebeldes,

Uma reta única,

Sempre ao lado da outra.

Cada degrau, a saudade

E de cada suspiro a distância.

Eram dois estranhos,

Duas loucuras admiráveis.

Era o fechar que da felicidade levava a dor

Mas sem essa dor, não sabia viver.

Cada olhar, a solidão

E de cada esperança o adeus.

Havia o silencio singular

Que faria inveja até o Poetinha.

Era o amor brincando como criança,

Não entendia o fim, ali era sua Ítaca.

E do caminhar, seguiu assim.

Índio Francês
Enviado por Índio Francês em 05/05/2017
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