IRA DA MENTE

Mentira

Ment – ira

Ira da mente

Foi tudo que fui capaz de desmembrar

Pois tudo se faz por não se lembrar

Por fingir que não sabe que um dia fui seu.

Seu poeta,

Seu príncipe das letras enfeitiçadas.

Seu divã.

Agora um simples banco de praça abandonada.

Jogado aos corvos ou colibris.

Aos abutres ou falcões.

Pequeno volátil,

Inútil,

Mínimo.

Nessa terra eu só,

Reduzido à míngua.

Reduzido ao pó.

Conduzido à língua.

Sem preceitos e nem escapatórias.

Mas, sou grande dentro de mim,

Sou grande dentro de minha ira,

Sou gigante e ao mesmo tempo pequeno,

Pequeno demais côa sua mentira.

Rafael Samgaby
Enviado por Rafael Samgaby em 06/08/2007
Código do texto: T595334
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.