Reconquistado

Reconquistado de mim mesmo,

Cúmplices, pena e papel,

Revelam nova (e ignorada) história.

Içar âncoras,

Alçar velas,

E abandonar...

O velho acorrentado cais.

Sublimado,

Além das retinas,

E da rotina,

Condenso vidraças,

E sulco, insano,

Qual rio sobre a pele,

Nova rota:

Sou lâmina de prata,

Que rasga a pele em pergaminho.

Finalmente liberto,

E em sonho revisitado,

A imagem ainda estampada na retina:

Adorável promessa da culpa tardia.

Fábio Vasques
Enviado por Fábio Vasques em 17/02/2017
Código do texto: T5915028
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