SOLIDÃO EXTREMA

Um papel qualquer,

um poema,

um lápis,

uma mulher...

Um ramalhete

de flores.

já não mais a mesa

enfeitava,

a jarra feita de barro

um pouco de água

implorava,

um copo de vinho

vazio,

uma garrafa quebrada,

no canto esquerdo da mesa

uma toalha dobrada

o vento corria frio...

gemia do lado de fora,

o relógio na parede

não se importava com a hora...

Um lápis, uma mulher,

uma solidão extrema,

um sentimento vazio,

a procura de um mero poema.

SONIA BRUM

Sonia Brum
Enviado por Sonia Brum em 29/09/2016
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