SOLIDÃO EXTREMA
Um papel qualquer,
um poema,
um lápis,
uma mulher...
Um ramalhete
de flores.
já não mais a mesa
enfeitava,
a jarra feita de barro
um pouco de água
implorava,
um copo de vinho
vazio,
uma garrafa quebrada,
no canto esquerdo da mesa
uma toalha dobrada
o vento corria frio...
gemia do lado de fora,
o relógio na parede
não se importava com a hora...
Um lápis, uma mulher,
uma solidão extrema,
um sentimento vazio,
a procura de um mero poema.
SONIA BRUM