SOLIDÃO COMPANHEIRA - Poesia nº 55 do meu terceiro livro "Relevos"
Solidão também vive-se, um ser escondido,
Sentada e tão pensativa à beira da estrada...
Sustenta-se a devorar ilusões do eu abatido,
Sugando a esperança ferida, é fria, malvada!
Sonho que não se realizou na forma e beleza,
Sôfrego tema desta sina que alguém acolheu;
Sorrateira, imaculada, uma nuvem de tristeza,
Soberana também do que não me prometeu!
Sentir os amargos num instante a me engolir,
Sucumbindo dores nos presságios que devoro,
Sorver devagar o que me resta, me consumir!
Sua demora é demais, mas não me apavoro,
Sedada com o meu veneno eu a faço dormir,
Sua força não mato, no pouco que a imploro!
Eduardo Eugênio Batista
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