Vento, Outono, nada...
Na solidão, desolação, de uma alma perdida
O sentimento, desentendimento do querer
Na noite, o luar, mesmo sem saber o quê
Onde nada é o sofrimento que persiste
E a dor do coração, não doe mais do que estas feridas
Sangue que esvai das veias impuras
Nos sonhos, devaneios sem sentido, eternos
Ilusões que vagueiam pelo vale perdido
Tal como folha seca do outono, dançando
Não retornará jamais de onde veio! ...
Vale dos sonhos perdidos, onde estou
Aquele brilho existe, já não existe mais...
Na escuridão da noite, o desejo
Querer, jamais a realidade será
Só nos desejos ocultos, posso sonhar...
E nestas palavras, tal como a ilusão
Será apenas um nada na imensidão?
Palavras que serão guardadas no vazio da noite
Que abrigam um coração machucado
Nos sentimentos vazios, nada mais persiste
Com a vida quase desfalecida
Tais palavras chegam num fim
Não parar morrer, mas para se eternizar
Dentro das canções cantadas pelo vento
Aonde palavras não chegarão a ninguém...