Solidão dos dias
Que adianta o céu azul, se falta você,
A brisa, quase morna, da bela manhã;
Se falta tudo, um vazio cheio de porquê,
E essa insistência em querer mente sã...
Se o coração, é um desassossego só,
Solidão dos dias, das noites, da poesia;
Se olho, vejo tudo, menos tua companhia,
E reviro páginas que amarelam, viram pó.
Enquanto o pensamento se enche de ti,
Esse vazio de nós dois, machuca tanto...
Sou semente que não germina mais aqui,
Oculta por entre a terra, espera o encanto.