Ilusórios pensamentos meus
Ah...Neve! Sombra da árvore
Vento que leva as folhas pelos ares
Ah...Ar! Que vento, que sopro, que burburinho de Deus
Repousado debaixo da doce sombra da doce árvore
Estou vivendo essa ventura de sentir tua mão na minha
Tua mão gelada e a minha fria...
Essa volúpia mesmo que num sonho, eu senti de verdade
Senti o véu do teu cabelo tocando o marasmo do meu peito
Vi tua palidez se comparar com os bloquinhos de neve
E vi o mistério de nossas faces como o amanhecer do dia!
Ah, se bem me lembro as mãos tão frias, todavia
Em erupção jazia nossos corações
O súbito despertar me fez doer a vida
A realidade não é aquele dia nevoento
A sombra da árvore, era uma manhã
Quente com um céu enfumaçado
A sombra daquela árvore
Perpetuou o sopro de Deus
E o amor de todo o universo
Em ilusórios pensamentos meus!