Soluto
As pessoas são tolas
E a vida vazia
Mas do que vale
A solução tardia
Se a solidão
É a primeira insolúvel ?
De mil palavras vãs
Proferidas
Das bocas de poetas e margaridas
Que na mais profunda poesia
Não alcançam
A suprema beleza fria
Larguemos de repúdios
Sensatos
E passemos a nos deliciar
Com um insípido prato
Do prazer
Já que o verão de todo homem
É a tristeza dos olhos de alguém
Além
Das mentes em vanguardas progressistas
Que não se atinam
De que o futuro é mero acaso
Parco lastro de vãos espaços