“Meus Demônios”
“Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.”
(Apocalipse 3/20-21)
Quanto mais eu rezo mais demônios me aparecem...
Então aperto a imagem de são Miguel e eles desaparecem!
Até no retiro sagrado do meu lar eles insistem em me atormentar
Invadindo meus pensamentos durante a madrugada.
Por isso deixo todas as luzes acesas
Que é para poder vê-los cara a cara e os expurgar
Da minha mente e do meu coração!
Sentam-se à mesa comigo durante o jantar
Sei que eles querem zombar de mim
Então deixo o jantar de lado, tomo um conhaque, abro uma cerveja
E brindo às suas tentativas de me enlouquecer
E leio trechos do apocalipse para eles
Eles ficam danados, pois além do asco que sinto,
Não lhes ofereço nenhuma bebida
(Ah, vão beber no inferno!)
De mim vocês só terão o meu escárnio!
Chego a pensar que suas maiores frustrações
São pelo fato de eles se sentarem à mesa comigo
E eu não lhes oferecer bebida alguma.
Pois bem, se depender de mim,
Vocês serão apenas manequins pálidos numa vitrine.
Não me arrancarão nenhuma compaixão!
Pepeu De Paula - Sampa 22/01/2015