Ancorada Solidão

Elevou as palmas das mãos

Deduziu que a morte chegara

Era puro e sem corrupção

Mas não era visto, oxcilação

Previsto, não sentia medo

Confuso, imerso no toque, segredo

Sua boca era doce, desejo

Que não era saciado, pretexto

Que lua, banhou seu corpo

Sua pele era fria, encosto

Da cama antiga, seu rosto

De sofrimento amargo, sem gosto

Dele saía penumbra, fadiga

A terra subiu em plenitude

Seus pulmões enfumaçados, perdia

O aroma da estação, sem saúde

Nudez, perfeita e externa visão

Aparência pura, sem essência então

Logo o tempo desfez a perfeição

De um corpo sem alma

Ancorado em solidão...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 02/10/2015
Reeditado em 02/10/2015
Código do texto: T5402117
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