Lágrimas de Desejo

Sem fruto, terra morta

Perdeu o sentido, sem hora

As margens do rio, uma horta

De dores aterradas, memória

Descrita e pulsante natureza

Lágrimas frias, boque sem beleza

Revestido de dor e fraqueza

De um remoto passado, avareza

Um choro, adubo para terra

A esperança resgatou a verdade

O prenúncio de chuva na serra

Tocou meu desejo, alarde

Semeando amor nesse suplício

A vida se perdeu em resíduos

Luz interna apagada, um precipício

De inocência perdida, início

Os instantes, segundos, pensante

Um futuro inquietante, prevejo

Retomo um instinto olhar, errante

Amanhecera em mim, lágrimas de desejo...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 29/09/2015
Código do texto: T5398630
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