CIDADE ESTRANGEIRA
Um dia em que estava correndo
Vendo sombras atrás de mim
Perdi os sapatos e fiquei descalço
Alguém me estendeu a mão
Ele usava cabelos longos e cabelos curtos
Gostava de passeatas e violão
Quase nunca estava lá
Mas sempre estava
Fiquei algum tempo ali
Menos do que queria
Por mais que os ônibus jogassem poeira em nossa cara
Mas Deus sempre sabe
O quanto é preciso
O quanto é o bastante
Para nos tornarmos nós mesmos
Durante esse tempo aprendi
Que temos muito a aprender
Mesmo pensando que não
As imagens estão sumindo
Tenho a impressão
Quase certeza
Que mesmo que retornem
Nunca mais serão as mesmas
O sol se foi