O EU LÍRICO
Sou o eu lido lírico
estrela cadente que risca o uni(verso)
noites tão frias e dias tão quentes
sou tempestade e brisa leve.
Sou 'eus' de tantos e tantos des(caminhos)
o tudo...O nada...Complexidade
verdade e mentira em mundos vizinhos
ave a voar nas asas liberdade.
Ando em lembranças, à vida me entrego
e rego o sonho e toda saudade
refaço os elos que então me completam
moldando-me em mim, em minhas metades.
O sopro me leva, o mar me devolve
revolve as marcas de toda idade
cantando o hino que me des(aprova)
provando-me o gosto da ir(realidade).
Se sou eu e eu, sou só solidão
sou rosa ferida de in(sana) paixão
o lírio q'enfeita do noivo a lapela
alamedas floridas de toda estação.
Em rios perenes, sou água em vertente
que baila contente em dias de sol
sorrindo pra lua que a noite ilumina
colhendo as tardes e os seus arrebóis.
Plantando sementes sou eu dos meus 'eus'
que exalta o amor, tran(borda) emoção
desenha-se em rimas, em versos se veste
aguando o solo do eu com(paixão).
O eu que se despe e perde seus laços
nos passos apressados em qualquer direção
enlaça seus braços de barro e de aço
mergulha o eu nos 'eus'... Solidão.
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