O EU LÍRICO

Sou o eu lido lírico

estrela cadente que risca o uni(verso)

noites tão frias e dias tão quentes

sou tempestade e brisa leve.

Sou 'eus' de tantos e tantos des(caminhos)

o tudo...O nada...Complexidade

verdade e mentira em mundos vizinhos

ave a voar nas asas liberdade.

Ando em lembranças, à vida me entrego

e rego o sonho e toda saudade

refaço os elos que então me completam

moldando-me em mim, em minhas metades.

O sopro me leva, o mar me devolve

revolve as marcas de toda idade

cantando o hino que me des(aprova)

provando-me o gosto da ir(realidade).

Se sou eu e eu, sou só solidão

sou rosa ferida de in(sana) paixão

o lírio q'enfeita do noivo a lapela

alamedas floridas de toda estação.

Em rios perenes, sou água em vertente

que baila contente em dias de sol

sorrindo pra lua que a noite ilumina

colhendo as tardes e os seus arrebóis.

Plantando sementes sou eu dos meus 'eus'

que exalta o amor, tran(borda) emoção

desenha-se em rimas, em versos se veste

aguando o solo do eu com(paixão).

O eu que se despe e perde seus laços

nos passos apressados em qualquer direção

enlaça seus braços de barro e de aço

mergulha o eu nos 'eus'... Solidão.

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Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 02/08/2015
Código do texto: T5332709
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