Depusestes.

Conto a minha saudade nas cartas,

Não havendo meios de calar-me,

Pelas súplicas do nosso tempo,

Pois o vento não separa meus prantos.

Sabes de minha dor em teus olhos,

Sentindo o meu coração sangrando,

Derrama-se, o silêncio em Fel.

Colhendo-me pelas noites escravas.

Cá, em meu peito morastes sem fim,

Se depusestes em não me amar;

Atrelado como uma estaca.

E vou neste chão caindo infernal,

Despetalado por minha alma!

Sentindo o aroma do meu espírito.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 29/07/2015
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