A SOLIDÃO

A solidão de onde que vem?

De ti ou do meio, não sei...

É o tudo e o nada que tem,

Num vasto mundo sem lei.

Do mar uma enorme cobiça

Deste viver sem presença,

É aquilo que mais enfeitiça

No dorido de outra sentença.

No choro busca recompensa...

Deste triste viver sem paixão

E, assim, segue o que pensa...

Só, sem sonho, nem ilusão.

E pra que toda essa meiguice,

Numa vida vazia e sem alegria?

É sempre aquela mesmice

Tanto de noite como de dia.

Nem o brilho das estrelas

Nem tão pouco o da lua

Poderá hoje, detê-las...

De queimar esperança tua.

Tânia Regina Voigt
Enviado por Tânia Regina Voigt em 17/06/2007
Reeditado em 16/01/2015
Código do texto: T529921
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