DESENCONTROS...

Percorro esta vida armadilhada... já cansada!

Tento-me desviar de cada pedra arremessada...

E sigo de cabeça erguida por uma estrada perdida

Traçando um caminho entre o medo da escuridão e a vida

Avisto no infinito... uma saudade branca e dolorida!

Meus pés escalam areias movediças

Calcam penhascos e escoam-se em odores...

Meus lábios se umedecem em suores...

Avistando meus olhos perdidos na fantasia

Bebendo sôfregos os ares da maresia...

Ao longe num ponto da paisagem

Avisto um poço de trevas que me habita o ego...

A lágrima que me cutuca a ferida

Cheira a solidão dum fado triste e magoado

Quando acaricia uma tristeza perdida...

Perco-me nas entrelinhas do mundo

Desencontro-me nas estradas da esperança

Enquanto no meu peito se cravam os punhais do tempo

As lanças do passado...

E os testemunhos duma solidão sem viço, nem amor...

By@

Anna D’Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 03/07/2015
Código do texto: T5297875
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