Espinheiro.
A esperança que colhe o Narciso,
Surtas seus brilhos na taça do poeta!
Pintando o seu muro converso,
Refugias o tempo no casulo!
Aça nos sóis, da turva obreira,
No punhal de sua sombra astral;
Soa o verde trigo plantado;
Andando nos gritos das querências.
Sob a escrava nascente das águas,
Cominam as suas madeixas soltas,
Se empolga na sua quietude.
Cá, vão as tormentas cruas famintas,
Engolindo, a estação das borboletas;
No colgue do seu crivo espinheiro.