QUASE SEM NADA


Quando anoitece parece
Que a vida adormeceu,
Que o silêncio adormece
Que existe apenas eu...

Não há ninguém pela rua,
Não tem estrelas no céu,
Por onde andará a lua,
Onde é que ela se escondeu?

Não se escuta uma música,
Não há passos na calçada,
Está uma noite muda
E eu aqui quase sem nada...

Só o frio congelante
Que me convida pra cama
E um cobertor aconchegante
Diz insistente que me ama.

E corro pro seu abraço
Sem me fazer de rogada
E ele me estende os braços
Faz-me sentir abraçada.