Como um Inverno Deserto
Silenciosa a chuva caía
No céu nenhuma estrela se via
Apenas as escuras e pesadas nuvens
Carregadas de águas
As ruas desertas por causa da chuva
Faziam-me sentir indefesa
Mas aquele cenário não era nada comparado
A chuva que minha alma inundava
O rigoroso Inverno Deserto que eu enfrentava
O silêncio da chuva era desprezível
Comparado ao meu silêncio,
Que mais parecia um gemido interior
As estrelas que simbolizam a alegria
Esconderam-se e fugiram do meu ser
Dando lugar a dor
Apenas escuras nuvens
Retratando a tristeza obscura do meu coração, podia-se vê
Carregadas de água que na verdade em mim eram mágoas
Levavam-me de volta ao Deserto, a ficar na companhia da solidão
Que sufocava meu pobre coração
Esquecendo-me nesta obscura prisão
“Como estava rigoroso aquele Inverno Deserto
Que inundando estava o meu coração!”