Cantos das Incertezas .
Perco-me na vereda de viver um amor sem fins de ter .
Não sei como me entender , sobre teus lábios estou a
evaporar , gela meu coração , expira todo meu ar entre
a vida no obter do teu coração , cantos das incertezas ...
Quarto coberto , chuvas sem estações me acompanham
em minhas verdades , choro e sofro , porque se foi amor .
Entre uma primavera se brinda a abelha em seu zunir só .
Como estou só , pólen ao ar , sinto teu bálsamo em mim !
Para onde irá meu voar , desorientado da colmeia sem mel ?
Parto ao horizonte , descubro o gosto dos cristais sem sons ,
deslizam minhas asas , suspendem todo meu anoitecer a ti .
Traga-me o bater de asas , aspiram os inversos à solidão nas
paredes cruas rastejantes , conceda-me uma gota do teu beijo !
Deixe à colmeia , apenas quero viver ao teu pólen de amar-te ...