Cantos das Incertezas .

Perco-me na vereda de viver um amor sem fins de ter .

Não sei como me entender , sobre teus lábios estou a

evaporar , gela meu coração , expira todo meu ar entre

a vida no obter do teu coração , cantos das incertezas ...

Quarto coberto , chuvas sem estações me acompanham

em minhas verdades , choro e sofro , porque se foi amor .

Entre uma primavera se brinda a abelha em seu zunir só .

Como estou só , pólen ao ar , sinto teu bálsamo em mim !

Para onde irá meu voar , desorientado da colmeia sem mel ?

Parto ao horizonte , descubro o gosto dos cristais sem sons ,

deslizam minhas asas , suspendem todo meu anoitecer a ti .

Traga-me o bater de asas , aspiram os inversos à solidão nas

paredes cruas rastejantes , conceda-me uma gota do teu beijo !

Deixe à colmeia , apenas quero viver ao teu pólen de amar-te ...

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 05/02/2015
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