POEMA DA SOLIDÃO
PESSOAS HÁ QUE CURTEM A SOLIDÃO
QUE GOSTAM DE ESTAR A SÓS,
DE OUVIR A VOZ DO SILÊNCIO,
DE CONVERSAREM CONSIGO MESMAS.
COMIGO NÃO É DIFERENTE. PORÉM,
APRECIO A COMPANHIA DE AMIGOS
QUE AFINEM COMIGO, PENSEM COMO EU,
SOBRETUDO SE DA MINHA GERAÇÃO,
COM IGUAIS RECORDAÇÕES.
AH, COMO EU GOSTO DA COMPANHIA,
CALADA E COMPREENSIVA,
DAS LEMBRANÇAS ANTIGAS
QUE ME FALAM DO PASSADO.
GOSTO DAS BADALADAS MUDAS DAS HORAS
DO VELHO RELÓGIO QUE NÃO PÁRA
QUE BATE OS SEGUNDOS NO MEU PEITO,
MARCANDO CADA ÁTIMO DA MINHA VIDA.
GOSTO DA VOZ DO VENTO, QUANDO VEM
E COSTUMA ENTRAR PELA MINHA JANELA,
TRAZENDO NOTÍCIAS DE LONGE,
NUMA LINGUAGEM QUE SÓ EU ENTENDO.
O VENTO: SEMPRE FUI SEU CONFIDENTE,
SEGREDA FATOS, DÁ NOTÍCIAS DOS AMIGOS,
COMPANHEIROS DE VIAGEM
QUE TOMBARAM NO CAMINHO.
AH! O SILÊNCIO, ESTA SOLIDÃO,
QUE SE ABRIGA EM MIM E ME SEGREDA,
NUM DIALETO QUE SÓ MINH’ALMA ENTENDE.
COMO O FAZ NESTA TARDE.
Natal, 05.12.2014