Papel de Poema

A ti escrevo,

A ti confesso,

Não o inconfesso

Este pertence

A outra folha

De papel cor de giz.

Já anoiteceu

Por este papel

Quase crepom,

D’onde se deitam

Estes versículos,

Na maioria nostálgicos,

Um tanto bíblicos,

Meio insanos,

Completamente alienados

Ao amor...

Que vem d’alma.

Down em mim, não,

Figuras que vagam, divagam,

Nutrem o silêncio

Da onda que na areia grafa

Um nome,

Um sobrenome,

Um codinome,

D’um certo poema,

D’um certo olhar.

21/10/2014

Porto Alegre - RS