A FLAUTA

NA MANHÃ DE 18 DE JUNHO DE 2014

REPUBLICAÇÃO (Poema de 08 de março de 2012)

A flauta funda

fértil fauno

a fecundar ninfas

a fecundar fábulas

fontes a jorrar

nadas nuncas.

A flauta é funda.

Nadas nuncas

que a flauta funda

feudos

flâmulas

feridas a jorrar

formas fatídicas.

A flauta é funda

a forjar forjas

ferozes fendas

fronteiras filigranas

a fulgir, a jorrar

na funda flauta

informes formas

nadas nuncas

nadas nuncas

na funda flauta

fundidas faces

falo febre fogo

sêmen dos segundos...

sêmen dos silêncios...

sêmen... deuses assassinados.