Acorde mágico
Os acordes de violão
abordam o momento
de lirismo híbrido e fugaz.
Lá fora mora uma inércia
onde há
o pólen suspenso no ar
a criar uma primavera potencial.
E tudo me lembra você.
Os perfumes mais discretos,
os ruídos banais e cotidianos.
O suor, o arfar e os passos no
corredor a compassar
o metabolismo explosivo.
Sua presença entranhou-se
na sala.
E trouxe um mal-estar
contagioso.
Novos acordes
e o alumbramento.
Notas musicais lascivas
se esfregam nos corpos
dos amantes.
Lá fora o planeta inteiro
dorme alheio
as ameaças de mau tempo,
as bombas atômicas,
e, ao jogo de poder.
Na serenata sem luar
há muito romance diluído
nos olhos.
E há cegueiras absolutas
concentradas
nas trevas.
Há um tatear instintivo.
Há uma escultura lógica
acessível às mãos.
Medieval é a lágrima
que em plena prece
só faz comiserar-se
diante do altar.
Por causa
da geografia, genética
e história.
Somos culpados.
Sem julgamento e arrependimento.
Somos apenas culpados
de cultivar amores impossíveis.
Abismos prováveis.
Almas descartáveis.
E, um dom funesto de querer
ser feliz em tudo.
Meus sentimentos agudos
cantam a última ária.
Cheios de dramaticidade
Preconizam a morte teatral
e a phoenix automática.
Esses acordes novamente.
Esse dedilhado.
E a mágica se instaura
imediatamente
no silencio entreolhado.
A mágica é a conjuntura de tempo,
lugar e almas
a dançar o ritual do fogo.
Na cumplicidade do lago.
Frio e abissal.
Os acordes de violão
abordam o momento
de lirismo híbrido e fugaz.
Lá fora mora uma inércia
onde há
o pólen suspenso no ar
a criar uma primavera potencial.
E tudo me lembra você.
Os perfumes mais discretos,
os ruídos banais e cotidianos.
O suor, o arfar e os passos no
corredor a compassar
o metabolismo explosivo.
Sua presença entranhou-se
na sala.
E trouxe um mal-estar
contagioso.
Novos acordes
e o alumbramento.
Notas musicais lascivas
se esfregam nos corpos
dos amantes.
Lá fora o planeta inteiro
dorme alheio
as ameaças de mau tempo,
as bombas atômicas,
e, ao jogo de poder.
Na serenata sem luar
há muito romance diluído
nos olhos.
E há cegueiras absolutas
concentradas
nas trevas.
Há um tatear instintivo.
Há uma escultura lógica
acessível às mãos.
Medieval é a lágrima
que em plena prece
só faz comiserar-se
diante do altar.
Por causa
da geografia, genética
e história.
Somos culpados.
Sem julgamento e arrependimento.
Somos apenas culpados
de cultivar amores impossíveis.
Abismos prováveis.
Almas descartáveis.
E, um dom funesto de querer
ser feliz em tudo.
Meus sentimentos agudos
cantam a última ária.
Cheios de dramaticidade
Preconizam a morte teatral
e a phoenix automática.
Esses acordes novamente.
Esse dedilhado.
E a mágica se instaura
imediatamente
no silencio entreolhado.
A mágica é a conjuntura de tempo,
lugar e almas
a dançar o ritual do fogo.
Na cumplicidade do lago.
Frio e abissal.