Era cedo demais para ser algo.
Ser alguma coisa.
Ter alguma qualidade.
Ser & ter ao mesmo tempo.
Mas os olhos espevitados
em ebulição constante.
Queimavam flashes,
registrando tudo e
interagindo.
Era cedo demais.
Pequena demais.
Indefesa.
Suas mãos eram pequenas demais
perto de sua imaginação.
Queria tocar o horizonte.
Acariciar as estrelas.
Conversar com anjos e santos.
E, ter sempre o ar travesso.
A molecagem intrínseca
de quem quer brincar.
Brincava de pique-esconde.
Desaparecia.
Sem deixar pistas.
Seu ar ofegante a correr de tudo.
Dos medos, das angústias
e do abismo incidental.
Brincava mais tarde, com xadrez.
No tabuleiro.
Depois jogava xadrez mental
com os personagens da vida.
Metrificava seus passos.
Predizia suas falas.
E, rabiscava seus scripts.
Com a inesperada ironia ingênua.
De quem vê o mundo
com olhos despidos.
Um dia.
Porque era cedo demais.
Ou era tarde.
As trombetas chamaram-na.
Aturdida.
Num espasmo de sono
e de torpor.
Deixou de respirar.
Seu peito afogou
lentamente o coração
que batia em ritmo de jazz.
E, a vida foi se despedindo.
Lentamente.
Pintando de fuligem
o que antes era branco.
A vida foi se apagando.
Os olhos fundos já não brilhavam mais.
A mágica de sua presença
era só uma brisa.
E, quando finalmente morreu.
Caiu uma enorme
e pesada tempestade.
A inundar de melancolia
a tarde inteira
que fugidia riscava de vermelho
o céu ainda azul...
O céu como pintura surreal
Recorria a vida.
Mas sua vida já tinha
ido para o céu.
Para esse mesmo céu
Para habitar o firmamento.
E acalentar a esperança
de encontro futuro.
Até logo.
Até daqui há pouco.
Não vá esconder
as chaves de São Pedro.
E, nem as asas dos anjos...
Esconda a tristeza desse mundo.
Para debaixo do tapete celeste.
Para o alçapão da memória.
Para que sejamos eternos aprendizes
E jamais mestres solitários
Com suas certezas absurdas.
Até logo.
Os sonhos ainda que escritos a giz.
Não se apagarão jamais.
Nem nas areias da praia.
Nem na saudade
Precoce demais.
A melhor definição de precoce
Você a encarnou.
Ser alguma coisa.
Ter alguma qualidade.
Ser & ter ao mesmo tempo.
Mas os olhos espevitados
em ebulição constante.
Queimavam flashes,
registrando tudo e
interagindo.
Era cedo demais.
Pequena demais.
Indefesa.
Suas mãos eram pequenas demais
perto de sua imaginação.
Queria tocar o horizonte.
Acariciar as estrelas.
Conversar com anjos e santos.
E, ter sempre o ar travesso.
A molecagem intrínseca
de quem quer brincar.
Brincava de pique-esconde.
Desaparecia.
Sem deixar pistas.
Seu ar ofegante a correr de tudo.
Dos medos, das angústias
e do abismo incidental.
Brincava mais tarde, com xadrez.
No tabuleiro.
Depois jogava xadrez mental
com os personagens da vida.
Metrificava seus passos.
Predizia suas falas.
E, rabiscava seus scripts.
Com a inesperada ironia ingênua.
De quem vê o mundo
com olhos despidos.
Um dia.
Porque era cedo demais.
Ou era tarde.
As trombetas chamaram-na.
Aturdida.
Num espasmo de sono
e de torpor.
Deixou de respirar.
Seu peito afogou
lentamente o coração
que batia em ritmo de jazz.
E, a vida foi se despedindo.
Lentamente.
Pintando de fuligem
o que antes era branco.
A vida foi se apagando.
Os olhos fundos já não brilhavam mais.
A mágica de sua presença
era só uma brisa.
E, quando finalmente morreu.
Caiu uma enorme
e pesada tempestade.
A inundar de melancolia
a tarde inteira
que fugidia riscava de vermelho
o céu ainda azul...
O céu como pintura surreal
Recorria a vida.
Mas sua vida já tinha
ido para o céu.
Para esse mesmo céu
Para habitar o firmamento.
E acalentar a esperança
de encontro futuro.
Até logo.
Até daqui há pouco.
Não vá esconder
as chaves de São Pedro.
E, nem as asas dos anjos...
Esconda a tristeza desse mundo.
Para debaixo do tapete celeste.
Para o alçapão da memória.
Para que sejamos eternos aprendizes
E jamais mestres solitários
Com suas certezas absurdas.
Até logo.
Os sonhos ainda que escritos a giz.
Não se apagarão jamais.
Nem nas areias da praia.
Nem na saudade
Precoce demais.
A melhor definição de precoce
Você a encarnou.