Lá se vai mais um poeta
Lá se vai mais um poeta
Com o destilado de companhia
Sua palavra era vã
e jamais alguém a ouvia.
Seus olhos desenrolados
Para simplicidade dos minutos
milhares invejados
e ele vivendo no oculto.
O poeta não falava só do bem
O poeta falava também do mal
O poeta ás vezes falava de alguém
e procurava quem o achasse especial.
Sua infância foi esquecida por si
E seus dias atuais já não são
Passados anos e ele a repetir
as frases do seu inerte coração.
O poeta amava sozinho
Era o seu caderno que o abraçava
No momento sentia-se como num ninho
que às vezes também o abandonava.
Pobre rico poeta
Se entregou a solidão
e lá se vai mais um artista
Com seu destilado na mão!
Desculpe-me, Poeta!