Soturno

Porque eu ainda insisto em escrever?

Parece que sempre haverá uma noite de luar

Um “outro” eu sombrio. Que me tira do abrigo.

E me faz engolir pensamentos que você não quer imaginar...

São tantas, as palavras insanas repetidas no meu ouvido.

Corta, destroça, aniquila todos os reflexos do seu passado.

Porque hoje à noite, adivinha quem irá te perturbar...

Eu sei que tem cortes nos seus braços indo ao coração

Que te cutucam na emoção, que não te livrarão,

Que eu sei que nunca vão se curar...

Ele andava todos os dias olhando pro nada.

Se esquivava do que lhe afligia.

Um simples evitar trago desde a tua infância.

Até que ele olhou o espelho

E viajou para o mundo, dos que não querem mais...

Nem que seja por um segundo.

Um lugar com tantos corpos no chão.

Que o seu não passará de um simples detalhe...

Álvaro França
Enviado por Álvaro França em 03/12/2013
Código do texto: T4597421
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