AS MÁGOAS DO ABANDONO
AS MÁGOAS DO ABANDONO
Como folhas secas espalhadas a mercê do vento,
Vivo no mundo sozinho a vagar,
Nesta triste sina de sofrimento,
Não sei aonde vou chegar.
O sol para mim não brilha mais,
Uma nuvem negra cobre o meu rosto,
Ninguém ouviu mais os meus ais,
Mergulhei profundamente no mundo do desgosto.
A solidão é a minha fiel companheira,
Sinto-me sozinho em meio à multidão,
Sofro calado, esperando a minha hora derradeira,
A dor maior que vai parar o meu coração.
Uivo como um cão sem dono,
Desabafando as mágoas do abandono,
Chorando rios de lágrimas,
Que aliviam a dor de minha alma.
A minha vida é um eterno sofrer,
Não sei até quando vou conseguir viver,
Mas lutarei bravamente até o fim,
Para que ninguém possa zombar de mim.