Sem permissões
Não permito o extravasar das tristezas, além do que sinto ou escrevo.
Porque somente eu saberia do peso de minhas frustrações incidentes.
Porque somente em mim caberia a verdade que traz a desistência.
Não é por piedade alheia ou descrédito de outrém o que aqui revelo.
Não é pelo que passo ou deixo de passar, não é pelo que sei ou calo.
Escrevendo eu retiro, assim, o que ainda me resta dessa ausência.
Não permito intenções, não fomento razões, não sou de todo acesso.
O que ainda tenho e peço, no decorrer dos conflitos existentes
é que a força nunca me falte, nesses entretantos da impaciência.