Apenas silêncio
Na noite insone,
carente de tantos porquês,
apenas o silêncio
traz vagas respostas
às minhas questões derramadas.
Coração e mente irmanam-se nesta solidão
onde a esperança parece sucumbir
e vozes longínquas ainda gritam que não.
Pobre esperança!
Debate-se sob o peso de fatos adversos
agarrada a farrapos de velhos encantos.
Pobre coração!
Apertado, bate em descompasso,
saudoso da batida que se fez distante.
Pobre mente!
Acreditou em suas próprias fantasias
e as vê, perdidas e rotas,
como cacos de estrelas entre o céu e o chão!