Apenas silêncio

Na noite insone,

carente de tantos porquês,

apenas o silêncio

traz vagas respostas

às minhas questões derramadas.

Coração e mente irmanam-se nesta solidão

onde a esperança parece sucumbir

e vozes longínquas ainda gritam que não.

Pobre esperança!

Debate-se sob o peso de fatos adversos

agarrada a farrapos de velhos encantos.

Pobre coração!

Apertado, bate em descompasso,

saudoso da batida que se fez distante.

Pobre mente!

Acreditou em suas próprias fantasias

e as vê, perdidas e rotas,

como cacos de estrelas entre o céu e o chão!

Paulo Cid
Enviado por Paulo Cid em 13/01/2013
Reeditado em 22/07/2019
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