Garrafas vazias
Pichei em letras garrafais,
em folhas de papéis, em muros imaginários e até em resto de jornais,
resquícios de várias garrafas vazias
Em minha mesa, todos os dias,
um, dois, três leões mortos
Só para poder chegar o outro dia
Para eu poder respirar, poesia
Para que continuar, se assim tem que ser?
Muitas vezes pergunto-me porque
Por que, se há tantas perguntas sem respostas?
Para que?
Mas só uma pergunta deixa minha alma inquieta,
fratura exposta:
Por que a humanidade vive assim?
Por que?
Estou cheio
E para suportar,
mais uma garrafa vazia