Abismo
Eu, com o coração árduo e frio,
Perco-me no silêncio das trevas
Busco algo no mais pleno vazio
Adormeço nas mais duras pedras
Em silêncio meio as turbulências
Passo pelas sinas mais perversas
No abismo de uma adolescência
Caminhos me levam a curvas incertas
Quase perdido sinto o desespero
Vejo as lágrimas rolarem perdidas
Despedaçado, corpo não mais inteiro,
Vago à procura da tão sonhada vida.