Tormenta

O vento ainda é gélido em meio a torrente

Os escalpos ainda gemem em ritos profanos

A escapada já não é viável em meio as trevas

Relances aparentes de ideias enterradas

Batimentos cardíacos de um pulmão sufocado

Negrume que escorre veementemente...

Luz escassa que se apagou com um pesar...

Olhos que encaram um infernal inverno

Palavras que reinventam um invernal inferno

Vazio que alimenta a prosperidade de um andarilho...

Um nada perene em meio a tudo

A libertação que corre fugaz entre as janelas de um precipício

A vontade de ser mais uma vez o tudo que me realiza

Necessidade de sucumbir perante meus anseios,

São remotos os desejos

Que não me deixam partir.