ESCRAVO DA SOLIDÃO

A solidão me escraviza a você. Eu me pego em pensamentos lembrando e acorrentado em teus vestígios.

Mistura de saudade e tormento. Mas afinal porque não te esqueço e viajo pra longe para além do distante, do infinito, do tudo quanto você não possa estar. Porque?

É impossível, mais que impossível. Meu pensamento é você. No canto da boca um sorriso apertado, frustado. Viver assim é viver a incoerência, dos sentimentos apertados,teus e meus.

É a própria tortura no arrastar de correntes imaginárias que eu não consigo me libertar, gritar e despertar a noite.

Noite que adormece tranqüila e bem distante da minha paz.

Como eu te procuro. Vivo essa solidão cativa, que me escraviza e nada ameniza, por se tratar da minha dor, amor, dor e cor.

Te quero , te espero desesperadamente, tequero, e portanto querer, amar assim, como castigo açoite , meu corpo sangra, escorre por cada fio cortante e sempre, sempre, a cada vez mais, um pranto enorme de saudades...