Momento único
Mergulho no mar de águas límpidas
Buscando para meu coração uma única perola
Que brilha mais que as outras
Um brilho natural
Dourada como o sol
Clara como a lua
Sem deixar a escuridão invadir o paralelo
E a intimidade estreita
No entanto a divergência assume seu papel
Torna o que foi belo em conjunto
No solitário ator do momento cruel
Castiga a vontade do corpo
Numa derrota do querer para a razão
Quando o corpo imerge a superfície
Percebe que está só
Numa ilha sem liberdade
Sem horizonte a desbravar
Com tal regime que não adianta questionar
Com a intensidade da procura
Evidenciou-se a extinção da pérola dourada
Cravando em meu peito o sofrimento ostensivo
Quando a pérola estava levemente em minhas mãos
E a deixei escapar entre os dedos
A perdendo na imensidão do mar
Sem previsão para encontrá-la.