Uma farpa de vida escura
A lua sinistra escalonada de matizes
Perdura na noite escura, pálpebras dentro do sono, a roer minha postura.
Pelos bares na imensidão das saudades.
Uma farpa de vida escura.
Onde a poesia nada ilumina, nem mesmo deixa uma trégua entre todos os desejos.
É uma onda que devasta sem limites.
Sussurros e silêncios que viajam.
E são gestos e olhares incontidos, carícias de arrepiar.
O vinho corre em meu sangue
As frases se atropelam.
Amargam nas minhas células.