E...
E... Não o vento que corta,
antes aquele que enfeita e penetra a raiz seca do meu olho perdido.
O que eu quero?
Ainda não sei ou não pude saber.
O tempo que ganhei
gastei tentando entender os outros.
Os outros morreram e eu fiquei.
Qual o sabor exato do vento que desejo?
Não sei. Ele inexiste.
Assim como inexistem os detalhes das vidas mudas que me compõem.
Serei assim até quando?
Silêncio...
Vivo o inesperado das horas
esperando a vida dançar para mim.