E...

E... Não o vento que corta,

antes aquele que enfeita e penetra a raiz seca do meu olho perdido.

O que eu quero?

Ainda não sei ou não pude saber.

O tempo que ganhei

gastei tentando entender os outros.

Os outros morreram e eu fiquei.

Qual o sabor exato do vento que desejo?

Não sei. Ele inexiste.

Assim como inexistem os detalhes das vidas mudas que me compõem.

Serei assim até quando?

Silêncio...

Vivo o inesperado das horas

esperando a vida dançar para mim.

Valdson Tolentino Filho
Enviado por Valdson Tolentino Filho em 25/07/2012
Reeditado em 22/09/2014
Código do texto: T3796109
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