Hora do adeus

Noite de junho. Noite profunda e fria.

Uma chuva triste, lá fora,

Por ver a noite em grande agonia

Cai como as lágrimas de poeta que chora.

Chegou a hora do adeus, eu via

Lá, o aceno de uma nova aventura

Cheia de esperança que me levaria

E sempre há de levar-me por este mundo de desventura!

Assim parti, mas deixando;

Vendo, na hora em que pra trás olhei,

Os olhos tristes de todos chorando.

E enquanto eu deixava tudo que era meu,

Me pareceu que eu também deixava

Tudo do meu próprio eu.

Rosemary Chaia
Enviado por Rosemary Chaia em 20/07/2012
Código do texto: T3789154
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.