Hora do adeus
Noite de junho. Noite profunda e fria.
Uma chuva triste, lá fora,
Por ver a noite em grande agonia
Cai como as lágrimas de poeta que chora.
Chegou a hora do adeus, eu via
Lá, o aceno de uma nova aventura
Cheia de esperança que me levaria
E sempre há de levar-me por este mundo de desventura!
Assim parti, mas deixando;
Vendo, na hora em que pra trás olhei,
Os olhos tristes de todos chorando.
E enquanto eu deixava tudo que era meu,
Me pareceu que eu também deixava
Tudo do meu próprio eu.