nada

estou só

completamente só e nada sinto,

e nesta apoplexia do nada,

sequer posso gritar ou morrer,

acender uma vela,

procurar um passado nas gavetas,

sussurrar uma oração;

morte!

se pelo menos me espreitasse,

soprasse sobre mim seu frio arrepio,

talvez sentiria um pouco de vida,

nesta noite sem luz,

sem energia,

sem fala,

sem deus,

estou só.

adrianood
Enviado por adrianood em 18/04/2012
Reeditado em 19/04/2012
Código do texto: T3620331