Sorrir da Solidão
Em meio ao silêncio do azul-marinho,
O ébano foi plantado para dar
Guarida ao colorido das canções,
Despertando pelas manhãs a luz,
O dia que nos cobre com o destino!
Poetas, deuses ou demônios?
Seres que denominam na escrita
Feridas abertas e entre abertas pelo tempo
Ora capataz , ora amigo das angústias,
Da insegurança, do medo de abrir o coração
E levar em versos o sentir iluminado!
Do codinome avesso,
Tudo se dá pelo relicário guardando
A magia, o elemento instigante do diálogo,
Da voz muda e o encontro da pena
Com chão de giz, dando plenitude à linha,
Salva guarda dos ritos e delírios do âmago!
Poetas, anjos ou cordeiros do Amor?
Quimeras...
Oh! Quimeras reveladoras
Das mais insanas alquimias,
Expressas por letras e pensamentos
Vindo pelo pranto, pelo sorrir da solitude
Agraciada no peito de toda saudade!
Auber Fioravante Júnior
11/04/2012
Porto Alegre - RS