COMO QUASE SEMPRE
Como quase sempre
Tudo o que se diz não diz nada
Tudo o que se faz não leva a nada.
Como quase sempre
Guardo pra mim todos os sentimentos
Evito lhe causar constrangimentos
E outros e outros, são outros quinhentos.
Escrevo compulsivamente
Cartas, poemas e bilhetes
Envio chocolates a você
E flores e buquês e ramalhetes.
Aprecio o chão da sala arranhado
Já gasto em vários e vários espaços
Por culpa minha o piso está assim
Furado quase já pelos meus passos.
Um som então me chama a atenção
Será que é ela, creio que ouvi bem
Correndo vou então pelas escadas
E choro ao constatar:
Não há ninguem...