À DERIVA
Maria Tomasia

 
 
 
À deriva, singrei o bravio mar...
 sozinha, apenas com a minha dor.
Onde estou? Não conheço o lugar,
só sei que sinto muito frio interior.

 
 
 Estou saudosa dos teus abraços
que, com zelo, arrefecem esse frio
e sempre aliviam os meus cansaços;
- minha alma padece com esse arrepio.

 
 
Deixaste-me naquele barco sombrio
e não consegui manter o timão.
Ondas revoltas invadiram o navio;
temi, nunca mais, calcar o chão.
 
 
Tu estás distante, e essa dor latente
dá-me desespero pela tua ausência.
Ventos fustigantes causam-me dolência,
peço ao céu que me seja clemente.


RJ 04/08/11
Maria Tomasia
Enviado por Maria Tomasia em 05/08/2011
Reeditado em 22/01/2012
Código do texto: T3141485
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