MINHA ÁRVORE DE COLIBRIS
Quando em sonho
A mortalha do medo aparece
Parece não surgir novos dias
É assim que me ponho
A escutar nostalgias
É quando o tempo
Oculta toda a insensatez
Insensato o devaneio aparece
Como um amor de antanho
E minh’alma, então envaidece
A madrugada traz floradas
Pois que a nudez é noite
Anoitecendo todo querer
Há colibris e passaradas
Em minha árvore sem eu merecer
Qualquer dia é mansidão
Para tanto questionamento
Questiono aos colibris
Esqueço a solidão
Nas auroras de frenesis
Quando o sol apaga tristonho
Os hinos adormecem
Dorme a árvore calada no espaço
E assim eu apanho
Um deus em meu regaço