_____‡ Fim ilusório
Amargura-me, oh sol da meia-noite
D´onde os raios fúlgidos em mim fulmina
As pétalas da rosa vergastam-m´a um açoite
Nacos d´um verdugo que por aqui fustiga
Amacia meu sangue rubro co ´s teus tentáculos
Pólipos afiados em gumes deste exórdio
Lâminas lívidas a transbordarem em máculas
As águas caudalosas qu´em mim transborda
Adoeço amortalhado, gélido e divagante
Sob as mãos macilentas do negrume paraíso
Quiçá mia mente s´apague, nímia infante
A descansar meu corpo pálido e macambúzio
Perdido no tempo a uma distância quimérica
Navego co' mia nau provinda de meus ais
Tinj´o meu mundo monocromático em sépia
Acalento-me aos sonidos das odes sepulcrais
Entr´os lamentos lacrimosos das antigas sistinas
D´onde os sinos plangem o prenúncio final
Afino a sinfonia da melancólica melodia
Compactuando com início desta era imortal