_____‡ Fim ilusório

Amargura-me, oh sol da meia-noite

D´onde os raios fúlgidos em mim fulmina

As pétalas da rosa vergastam-m´a um açoite

Nacos d´um verdugo que por aqui fustiga

Amacia meu sangue rubro co ´s teus tentáculos

Pólipos afiados em gumes deste exórdio

Lâminas lívidas a transbordarem em máculas

As águas caudalosas qu´em mim transborda

Adoeço amortalhado, gélido e divagante

Sob as mãos macilentas do negrume paraíso

Quiçá mia mente s´apague, nímia infante

A descansar meu corpo pálido e macambúzio

Perdido no tempo a uma distância quimérica

Navego co' mia nau provinda de meus ais

Tinj´o meu mundo monocromático em sépia

Acalento-me aos sonidos das odes sepulcrais

Entr´os lamentos lacrimosos das antigas sistinas

D´onde os sinos plangem o prenúncio final

Afino a sinfonia da melancólica melodia

Compactuando com início desta era imortal

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 03/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2946306
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