QUANTAS VIDAS ALÉM
Quantas vidas ainda terei para perder-me,
e nos tantos rumos incertos, os prazeres concretos,
e na falência de meus desejos refazer-me?
Nenhuma tantas, tanta nenhumas, vazia, oca,
sem céu no amanhecer distante.
Nada garante quando será outra volta,
então sinto que rodo, rodo, rodo...
sem nunca sair do lugar.
Quantas vidas ainda terei para encontrar-me,
e nos tantos rostos, quantos mais os desafetos,
e quantos mais os lugares onde não poderei chegar?