Inverno da alma
No local mais frio fica meu desejo
Minha normocromia desta vida
Esta igualdade repetitiva por ensejo
Na geleira de uma estrada descabida
Ermos frios que não mais eu vejo
Procuro calor em algumas partidas
Nas trevas o candeeiro por lampejo
Cadavéricas se tornaram as medidas
Agora o frio me quebra os lábios
Parte a alma e me afasta dos sábios
O gelo amputa meus mortos dedos
Penso no fim, em antigos enredos
Sorrisos que foram ser alguma cor
Em estradas que ficaram sem rancor.
Lord Brainron