Inverno da alma

No local mais frio fica meu desejo

Minha normocromia desta vida

Esta igualdade repetitiva por ensejo

Na geleira de uma estrada descabida

Ermos frios que não mais eu vejo

Procuro calor em algumas partidas

Nas trevas o candeeiro por lampejo

Cadavéricas se tornaram as medidas

Agora o frio me quebra os lábios

Parte a alma e me afasta dos sábios

O gelo amputa meus mortos dedos

Penso no fim, em antigos enredos

Sorrisos que foram ser alguma cor

Em estradas que ficaram sem rancor.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 19/01/2011
Código do texto: T2738647
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